→ Discussão do case 3


Discussão do case 3: Dr. Eduardo do estado de São Paulo

Terminando hoje o circuito de discussão de casos discutiremos hoje a situação da Dr. Eduardo, dentista que atua no estado de São Paulo. Abaixo, o email dele:

Olá, Wilson!

Queria agradecer pela ajuda que você presta através do blog.

Tenho alguns problemas com minha sociedade. Minha sócia não é dentista, e sim administradora. Ela sempre tenta baixar nossos custos comprando materiais de baixa qualidade. De 10 brigas que temos, 7 são em decorrência disso.

Outro problema que possuo é no tratamento que minha sócia dá às funcionárias. Algumas vezes ela trata mal e nem percebe isso, até na frente dos pacientes.

Por favor, me ajude. Se der a sorte de ter este email lido e respondido, mostrarei a ela.

Muito obrigado pela ajuda.

Case 3

Olá, Eduardo!

Muito interessante seu email, ainda mais por se tratar de algo comum (pergunta referente à compra de materiais) e de algo que será tendência (administrador na sociedade, que seja dentista ou não). Então, vamos lá:

Sua sócia não tem “culpa” de pensar desta forma. Ela não é dentista e, como todo bom administrador, tende a maximizar o lucro e reduzir os custos.

Provavelmente, ela deve ser aquela pessoa que desliga o ar condicionado quando não há ninguém na recepção ou até mesmo apaga a luz. Aqui NÃO entenda comprar SEMPRE o material mais caro.

Só que determinadas práticas de redução de custos não podem ser utilizadas sem serviços, principalmente na área de saúde. Por exemplo, um adesivo dentinário ruim pode comprometer a durabilidade de restauração de resina.

Ou seja, ela poderá cair com grande probabilidade. Logo, você vai ter que refazer e não cobrar nada por isso, gastando 2x mais material e hora clínica.

Mesma coisa com aqueles dentistas mais experientes que usam o fio de sutura com agulhas separadas para você colocar o fio. Embora seja mais barato, o tempo que você passa colocando o fio na agulha além do risco potencial de enfiar a agulha no seu dedo contaminação não compensam o menor preço.

Outro exemplo disso é a compra de resinas mais baratas. Quando você dilui o valor da resina na quantidade de dentes que você pode realizar, termina saindo baratíssimo.

Do outro lado, resinas de baixa qualidade apresentam resultados estéticos medianos, podendo causar insatisfação por parte do cliente, principalmente se for dente anterior.

Logo, economizar na odontologia significa aumentar a chance de retrabalho e de insatisfação do cliente. De uma forma ou de outra, você sai no prejuízo.

O segundo questionamento do case 3 é bem importante e deve ser sanado IMEDIATAMENTE. Os colaboradores (esqueça o termo funcionário) são PRIMORDIAIS para seu sucesso ou fracasso.

Se eles não são bem tratados, provavelmente vão descarregar isso em alguém que possivelmente será seu cliente. E, se seu cliente for maltratado, um abraço para seu negócio.

Partindo do pressuposto que sua sócia é formada em ADM, ela deve saber que a satisfação do cliente e colaboradores é fundamental para seu negócio. Logo, comece a trabalhar com a possibilidade da sua sócia nem perceber que não trata seus colaboradores bem.

E outra, se ela já fez isso na frente dos seus clientes, MUITO provavelmente tal fato será relatado numa pesquisa de satisfação. Desta forma, você terá um depoimento de uma pessoa extra consultório sobre o assunto em questão.

 

Recomendo a leitura dos seguintes posts abaixo:

Com a discussão do case 3, encerramos os ciclos de dúvidas sobre como resolver determinados problemas no consultório. Fique ligado para não perder a outra “competição”!


Gostou da postagem?  Que bom! =)

Compartilhe com seus colegas de profissão. Acredite, se todos soubessem lidar com o mercado odontológico, estaríamos numa situação bem melhor. Então faça a sua parte!

Caso haja alguma dúvida, não hesite em perguntar abaixo! Mande sua dúvida que farei de tudo para te ajudar!

Grande abraço e até a próxima postagem!

Wilson Correia Jr.

 


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