mercado de trabalho odontológico

→ Como anda O mercado de trabalho odontológico no Brasil?


O mercado de trabalho odontológico necessita um pouco de reflexão. Segundo Conselho Federal de Odontologia (CFO),   com um total de 300.000 cirurgiões-dentistas existentes no país, a lei da oferta e da procura está cada vez mais desproporcional.

Para se ter uma ideia, o Brasil tem aproximadamente 20% dos dentistas do mundo.

A atual política governamental estimula o acesso ao nível superior com o aumento do número de graduações, bem como com a facilidade de ingresso e financiamento (faculdades particulares), aumentando a cada ano um número maior de profissionais são lançados no mercado de trabalho odontológico já saturado, que não comporta mais o excessivo número de profissionais.

Com a grande concentração de CDs nas capitais, ocorre uma migração para a região metropolitana e interior, uma vez que o quantitativo de CDs é menor, quando comparado à capital. Ou seja, até no interior do estado o mercado de trabalho odontológico vai ficar saturado.

 Estatísticas do mercado de trabalho odontológico

Conforme o CFO, no último levantamento realizado na data 26/02/2015, há no Brasil 220 faculdades de odontologia. Provavelmente este número está desatualizado, dependendo do seu estado. Abaixo, um quadro contendo o número de faculdades por estado.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda a proporção de  01 dentista para 1.200 habitantes.

Analisando o quadro, percebe-se que mais de 40% das faculdades de odontologia do Brasil encontram-se na região sudeste.

Para se ter uma leve ideia de como anda o mercado de trabalho odontológico do estado de São Paulo (quantitativamente falando), fiz um cálculo baseado nas estatísticas fornecidas pelo site do CFO e a projeção da população para 2015.

Temos uma projeção de 44.580.067 habitantes para 83753 dentistas inscritos e em atividade. Logo:

44.580.067/ 83753 = 532,28

Ou seja, temos menos da metade de habitantes por dentista, levando em consideração a proporção preconizada pela OMS (1200/1).

Isso é bastante preocupante, porque provavelmente esta proporção deve ser menor ainda, já que o número real de faculdades existentes está desatualizado.

Veja mais dados quantitativos sobre seu estado clicando aqui!

Alépanfletom disso, o cirurgião-dentista (CD) não apresenta na graduação disciplinas nas áreas de administração que subsidiariam uma gestão no consultório particular, o que dificulta muito a atuação e permanência do dentista no mercado de trabalho odontológico, findando em má remuneração, guerra de preços ou abandono da profissão. O dentista possui uma formação muito tecnicista e não voltada para o mercado.

Aprendemos que para se alcançar o sucesso profissional (o que inclui bom retorno financeiro), temos que fazer cursos e mais cursos, quando na realidade a atualização profissional na área é uma obrigação do dentista.

Aquela frase que ouvimos muito na faculdade (se você for bom no que faz, vai conseguir sucesso) se encaixava bem quando tínhamos uma proporção de habitantes/dentista muito boa.

Hoje, sabe-se que os tempos mudaram (e o número de dentistas também) e ser somente ” bom no que faz” já não é suficiente. Conversaremos mais sobre isso em breve.

Ou seja, nessa época turbulenta tanto para o atual momento da profissão como para a instabilidade econômica vigente, procure pelo máximo de informações possível antes de abrir seu consultório.

Identifique qual o panorama atual do seu estado e, a partir dele, traçar estratégias para alcançar o tal sonhado sucesso profissional!

Está com dificuldades no mercado de trabalho odontológico?

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Compartilhe com seus colegas de profissão. Acredite, se todos soubessem lidar com o mercado odontológico, estaríamos numa situação bem melhor. Então faça a sua parte!

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Grande abraço e até a próxima postagem!

Wilson Correia Jr.


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